Mosaico

sábado, 27 de abril de 2013

Palavra


Palavra

Palavra que submeteu-se ao tempo
Aquela, firmou-se no espaço
Nas Eras viajou como um raio
Palavra resgata do escuro
Palavra que a luz traz o dia
Ninguém a conteve
Nem a frieza da perda da vida
Palavra conectou o Universo
Palavra que deu o sentido
A ação, o Verbo vivo
Ligou dois mundos distantes
No precipício construiu uma ponte
E na alma partida, costurou a vida
Palavra que preenche o vazio
Que mata a sede, a fome e o frio
Rasgou a cortina intocável
Presença pra sempre amável
Palavra que acende o espírito
Que abre a vista, repele as escamas
Palavra que vive pra sempre
que morreu como a semente
e germinou em fruto eterno
Exemplo máximo de vida
Poderosa, infalível, infinita
Nada pode para-la
nem o tempo jamais enfrenta-la
a morte outrora nocauteada
Invoco a Palavra, bebo a Palavra
me entrego a Palavra
Esse verbo único sem fim
Nem com tantas palavras
se descreve a Palavra
E quando tudo acabar
O sol esfriar, o céu apagar,
o universo enfim se entregar
Essa Palavra permanecerá

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sem título


Será que sou homem medieval

homem qual sem pensar acreditou?

Será que evolução, algo pra não criação

um pensamento ritmado inaugurou?

Será que por facilidade, pensam talvez

que por comodismo, um ser de fé se recriou?

Raso não seria, entender a beleza divina

que cada parte foi arquitetada,

belamente planejada, entre menores

até os maiores, do cosmo em mãos perfeitas formou.

Atravesso a alma, busco num profundo

mais que mágica, um inexplicável racional

qual sem igual, um universo inteiro proporcionou.

E essa raça, que busca graça, disfarça

um imaginário de incerteza que a todo momento

briga por desfazer toda essa beleza.